sábado, 5 de março de 2011

Complexo de pessoas equidistantes que não entendem muito de pouco

O ser que sente estar plenamente satisfeito não entende que existe muito a aprender ainda. Ele se diverte, ri, fica alegre,mas não compreende um simples olhar de tristeza. Não percebe que existe muita coisa triste por aí.

O intelectual solitário percebe tudo isso, mas não toma atitude. Ele não ri, não demonstra que sente algo dentro de si. Não esterioriza a força que possui. Pode ser tido como coitado, mas no fundo, não o é.

Mário vivia numa cidade simples para burro. Não entendia e não compreendia que fora dalí tem muita coisa. Pobre Mário, não sabe o que é viver. Será?

Juca, um ricão podre. Isso mesmo,não podre de rico, mas ricasso podre demais. Não ri, não demonstra nada do que sente. Há quem diga que ele não sente nada. Pudera! Com tanta riqueza que tem, não curte as coisas simples. Afinal um sorriso é tão simples. Vale nada. Né?

Bertoica, pobre menina. Só sabe estudar e ler, e ler, e estudar. Não sabe cozinhar. Não sabe andar sozinha pela rua. Sabe navegar, e muito! Não à moda antiga, mas sim dentro de seu quarto. Navega e navega, mas para quem tanto faz um livro ou uma pessoa, ela só le e de tanto ler coisas naquela caixa conectada por fios e tomadas, a coitada ta quase cega. Adianta parar de ler?

Patricia não sabe muita coisa, mas sabe que dois quilos de feijão custam por volta de 8 reais. Acima de 10 reais ela sabe que tá caro e quem compra acima de 10 reais tem grana e se não tem passa no cartão. Seu sonho! Um cartão de passar no mercado. Como ela queria isso.
Mas não tem porque ela não sabe usar. Ah, não disse, mas ela tem grana. Bem menos que Juca claro, mas ela não sabe usar, mas sabe que dois quilos de feijão custam por volta de 8 reais. Tá caro?

Entre Tantos Mários, Raimundos e Jucas, Patricias, Marias, Bertoicas e Cibeles. Sim, que loucura é essa de gente diferente que não sabe nem o que a mente quer?

Eisnten disse que não usamos muita coisa da cabeça e quem usa não sabe usar bem ou enlouquece. Se estou entre a loucura não sei, mas parece que os loucos estão entre mim. Tanta gente espalhada desnorteada.

Rubens disse que isso é coisa da infância. Essas crianças do inferno que se disfarçam de anjinhos. É. Ele não gosta de crianças.Por que?

Freud talvez possa ter imaginado que isso seja um trauma de uma infância, algo no passado que afetou a exualidade daquela menina. Ela não quer ficar com meninos. Muito estranho isso. Nunca vi menina que não gosta de menino. Bertoica é menina e gosta de menino. Mas não sai com menino porque tem que estudar e navegar.

E todos vivem no mesmo Estado e todos estão no mesmo estado. Ora um estado irritoso, melancólico. Oh, fim do mundo que me espera. Mas tudo bem, chega de ouvir essas melodias velhas e grudentas. Juca ouve isso sempre e sempre. Mas Rubens prefere clássicos da tv
da década de 80.Sim. Ele adora desenhos, mas crianças não.

Hoje o dia foi simples. Encantador. Com tempo certo, passo batido. Não encontrei Rubens, nem Juca, nem Mario, nem Freud, Nem Eisten, nem também Patricia ou Bertoica, aquele menina que não gosta de meninos
também não encontrei. Foi assim. Sem ninguém assim. Mas tudo junto e misturado. A moça de cima riu quando ouviu isso. Tadinha, ri de cada coisa.

Eu hoje ri. Ri de algo tão estranhamente simples, mas ri e por uns segundos achei que fosse morrer de rir dentro de mim. Foi simples assim: um homem, senhor já, estava sentando do lado da janela do onibus. A moça ao lado dele pediu que ele abrisse a janela. Ele abriu. Bem educado. Até aí tudo bem. Nada demais né. Mas ele então fez uma pergunta estranhamente simples que quase me matou de rir. Perguntou se a moça não queria sentar na janela. Ora, tava garoando e ela iria molhar toda bunda. Essa cena me matou de rir. E foi isso.

Mas dizem por aí que é Carnaval logo daqui a pouco. Para mim será normal. Sei que parece que todas essas pessoas que disse não gostam de Carnaval. Disso não sei, mas garanto que elas vão estar por aí. Cada uma em seu canto, aproveitando à sua maneira alguns dias de descanso.

E a vida é isso. A ritmação que não entendemos. Adentramos ao som. Dançamos, certo que as vezes perdemos o passo. Mas não podemos parar de dançar antes que seja tarde, afinal a noite é uma criança e a
lembrança é a melhor e mais danada de todas elas. Mas nenhuma se compara ao Agora. Esse menino que vive só nesse instante. O Agora sim, ele é danado, porque nunca avisa o que vai ter.

Crianças e pessoas por aí, será grande alegria e engraçado encontrá-las. Que venha muita vida para dar tempo. Porque eu, eu mesmo não estou aqui.

Alan Mazoni A.
04.março.2011

Um comentário:

David de Assis disse...

Esse menino agora é bem levado...às vezes rio com ele, mas ultimamente quro lhe dar umas boas palmadas! rs...